O Corredor - Filme (2020)
O Corredor - Filme
-Bom dia Bruno!-Onde estou?
-Você está numa cela de cadeia do inferno.
-Inferno? Cadeia? O que? Como assim?
-Calma, meu querido. É tudo muito novo para você. Mas não pra mim!Eu vou te ajudar a sobreviver aqui.
-Quem é você? Como você sabe meu nome? Por que estou aqui?
-Calma, que todas respostas serão respondidas e compreendidas no seu devido tempo.
*Toca-se uma sirene bem forte:
-Que merda é essa?
-Logo você acostuma, é a sirene de que a comida está chegando.
-SOCORROOOOOOOOOOOO, ALGUÉM ME TIRA DAQUI.
-Ninguém vai lhe responder Bruno. Isso é um corredor longo e longo, todos que estão aqui, estão por algum motivo. Muitos dizem que esse lugar é considerado o inferno de alguns outros veem isso aqui como uma segunda chance de voltarem a sociedade melhor.
-Como assim voltar a sociedade? Então tem como sair disso aqui. Por que você nunca saiu?
-Eu não sai e nem vou sair Bruno. Eu nunca vou deixar de ser o que sou.
-E o que você é? Alias até agora não me disse seu nome.
-Coma Bruno, a comida aqui é escassa, tem vez que ficamos quase uma semana sem alimento. Coma e prometo que logo todas suas dúvidas serão tiradas.
*Bruno então resolve comer.
-Bom agora que comemos vou lhe dizer algumas respostas. Isso aqui se chama O Corredor da Correção, aqui você tem duas opções você pode se arrepender do que fez e implorar seu perdão ou deixar que aqui vire seu tumulo e morra no inferno. Por que com o passar do tempo verá que isso aqui é o verdadeiro inferno. Eu estou aqui a dez anos, e sabe por que? Porque eu destruí um templo de cultura a um Deus que não é o meu Deus único e divino o criador de tudo. Fui denunciado e acordei nisso aqui. Desde então estou aqui, apodrecendo aos poucos. Tem vez que ficamos semanas sem comida, sem água e até sem luz. E eu não saio daqui porque nunca aceitei e jamais aceitaria outras crenças, ou seja, enquanto eu não aprender a respeitar que existem outras religiões nunca jamais me deixarão sair daqui. Então eu escolhi a segunda opção tornar isso aqui meu tumulo, mais sei que não irei pro inferno porque tenho fé em meu senhor e ele vai me salvar.
-Minha nossa que merda.
-Agora você Bruno, por que veio parar aqui?
-Não sei não me recordo.
-Logo irá se recordar. Ou apodrecerá aqui também.
-Eu sou um cidadão de bem, não deveria estar aqui, isso é um engano.
-Bruno, a essa altura do campeonato, você acha mesmo que é um cidadão do bem? Eles não colocam cidadães de bem aqui perante as regras deles.
-Eu sou um cidadão do bem, pago meus impostos, sou branco, hétero.
-Já entendi o porquê veio para aqui!
-Por que?
-Porque você é homofóbico e racista!
-E você é a porra de um cristão fanático, velho filha da puta!
-Sim sou. Um cristão que não aceita cultos a deuses pagãos, mais nunca matei essas pessoas apenas destruí seus templos, agora você matou alguma pessoa?
*Bruno estava começando assimilar tudo e lembrar:
-Sim, eu matei um gayzinho que morava próximo a minha casa.
-Hum, e ele era negro né?
-Sim.
*Chorando de desespero, Bruno começa a contar tudo:
-Ele era insuportável, não tava aguentando olhar para ele mais.
-Entendi, mais me responda Bruno, o que ele te fez para merecer a morte?
-Ué, ele era negro e gay. Que outro motivo você quer?
-Bruno você não pode matar pessoas por elas serem negras ou de outra sexualidade. Veja eu, não matei nenhum bruxo, satânico nem nada, apenas destruí seus templos, e ordenei que cultuassem o demônio longe de minhas vistas.
-Mais foi mais forte que eu, eu não estava aguentando.
-Bruno vamos ser sinceros, você o matou porque estava tendo uma queda por esse rapaz, e você é tão escroto a ponto de não se assumir e tirar a vida de outro ser para você continuar nesta casca sua.
-E você seu filho da puta, foi destruir o templo de outros so porque não acreditam na merda do seu Deus.
-Sim, e se tem uma coisa que aprendi durante esses dez anos, é que a diferença existe e nem eu nem você poderemos mudar ou barrar isso. E isso é um dos principais motivos que acredito que aqui seja meu lar. Eu não aceito a diferença religiosa, eu não aceito outras crenças, então não posso e não tenho direito de viver em sociedade. Isso aqui pra mim tá ótimo.
-Isso aqui não é pra mim. Eu vou sair daqui.
-Boa sorte tentando, não existe saída ao não ser que se arrependa do que fez e prove que é outra pessoa.
-Mais é isso que farei. Vou dizer que fui curado, para ser libertado velho imbecil.
-Você acha que é fácil assim né? Boa sorte meu querido. A e a proposito pare de me chamar de velho, me chamo Igor. Nas camas tem nossas identificações, foi assim que soube seu nome.
*No dia seguinte quando tocou a sirene da comida Bruno disse ao guarda que estava curado e queria ser liberto. O guarda olhou para Bruno:
-Você tem certeza disso?
-Sim senhor.
*O guarda abriu a cela o acorrentou:
-Adeus Igor, espero um dia te ver lá fora.
-Adeus? Não diga adeus ainda. Você não passou no teste. Eu acredito que tornaremos nos ver. Mas boa sorte garoto.
*Então o guarda o leva e o joga numa cabine blindada:
-Que merda é essa? Por que estou aqui?
-Você disse estar curado, iremos o testar, se passar nesse teste está livre.
*O guarda fecha a janelinha da porta e ordena começar o teste de Bruno. Enquanto isso do lado de fora da cabine:
-Você acha que ele realmente está curado?
-Não claro que não. Mais o trouxe para ele ver que não está curado e que não é tão fácil de sair do Corredor da Correção.
*Na cabine:
-Quem é você?
-Eu me chamo Polo, e soube que você é racista e homofóbico, eu sou seu teste. Ali ao lado, tem várias armas você pode escolher qualquer uma para me matar.
-O que faz você acreditar que vou o matar? E por que você veio aqui se sabia se poderia correr o risco de morrer?
-Eu estou preso aqui também, porém no corredor dos corrigidos. Eu fui preso porque matei meus pais para ter a fortuna deles, fiquei cinco anos no Corredor da Correção, quando finalmente provei que fui curado, ai acreditei que iria para a sociedade, porém me enganaram eu fiquei no corredor dos corrigidos e estou ali a quase vinte anos, porém para mim isso aqui é um inferno e quero viver livre disso, já paguei pelo o que tinha que pagar. Então me escolheram para ser seu teste, ou vou morrer aqui com você, ou no corredor desse lugar.
-Então quer dizer que não tem como sair?
-Isso mesmo, agora ou você me mata ou deixa eu te chupar, to vendo que esta excitado com meu corpo.
*Após a fala de Polo, mostrando que Bruno estava excitado o mesmo foi até a mesa de armas e escolheu o serrote:
-Isso Bruno, me liberte, me tire daqui, e prove a eles que você nunca foi curado.
*Bruno começa a serrar Polo ate ver ele todo picotado. Nisso o guarda aciona um botão que solta um gás e faz com Bruno desmaie, nesse meio tempo Bruno apanha muito e quebram um braço do Bruno. O enfaixam e o devolvem para a cela. Na cabine recolhem os pedaços de Polo e o cremam. No dia seguinte:
-Bom dia Bruno!
-Mais que porra é essa?
-Eu te avisei que voltaríamos nos ver. Não existe saída. Esse aqui é nosso tumulo.
-NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO...
Moral: Já pensou como a sociedade seria mil vezes melhor se existisse o respeito, onde o dinheiro não comandasse tudo e onde o preconceito fosse taxado como crime? A diferença existe e não estamos o obrigando a aceitar, apenas a respeitar. Independente de crenças, sexualidade, bolso financeiro somos todos iguais, somos seres humanos. Devemos respeitar a todos, até porque já pensou o que seria do mundo se só existisse uma cor para todos? Seria um mundo sem graça e sem cor, então deixe esse preconceito de lado e passe a respeitar todos para que possamos viver em uma sociedade muito melhor e mais amigável.
FIM
História escrita e dirigida por: Thy Pitty
Ano: 2020
Comentários
Postar um comentário